O Ministério Público Federal (MPF) quer que a Prefeitura de Ilhéus adote medidas urgentes para evitar acidentes aéreos, após o aumento no número de incidentes envolvendo colisões e avistamentos de aves, especialmente urubus, no Aeroporto Jorge Amado, no município sul-baiano.
De acordo com investigações do MPF, o problema tem se agravado pelo descarte inadequado de resíduos sólidos no entorno do aeroporto, o que atrai a fauna para a zona de segurança aeroportuária, colocando em risco as operações aéreas. Dados fornecidos pela Concessionária do Aeroporto de Ilhéus revelam um crescimento preocupante no número de avistamentos de aves nos últimos anos, segundo o MPF. Em 2019, foram registrados menos de 10 casos, enquanto em 2023, o número superou 70.
URUBUS SÃO O PRINCIPAL PERIGO
O urubu é a principal espécie avistada e a colisão com uma dessas aves durante pousos ou decolagens pode gerar um impacto equivalente a sete toneladas de força, o que resultaria em graves danos às aeronaves e até em tragédias, segundo o MPF. O Ministério Público Federal destacou que, apesar de notificações anteriores feitas pela concessionária à Prefeitura de Ilhéus, não foram observadas melhorias significativas na gestão de resíduos sólidos. Por isso, o órgão recomendou à administração municipal ações mitigadoras, como a substituição das lixeiras atuais por contêineres fechados para impedir o acesso da fauna aos resíduos e o aumento da frequência da coleta de lixo nas áreas críticas indicadas nos relatórios da concessionária.