Morreu, nesta segunda-feira (23), o jornalista e ex-deputado Sebastião Nery, aos 92 anos. Cassado na ditadura militar, o deputado natural de Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá, o baiano se tornou um dos mais importantes cronistas políticos do Brasil. Segundo informações da Folha de S. Paulo, Nery estava com a saúde debilitada há quatro meses e morreu de causas naturais.
Sebastião Nery foi repórter e escreveu cerca de 18 obras sobre diversos temas, mas especialmente a política. Ele também atuou em cargos eletivos na Bahia e no Rio de Janeiro. Nery era formado em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e em direito pela Universidade Federal da Bahia. Iniciou no jornalismo nos anos 50, em Belo Horizonte, pouco antes de se eleger para a Câmara Municipal pelo PSB. O jornalista teve a candidatura impugnada sob acusação de representar o partido comunista, o PCB (Partido Comunista Brasileiro), então clandestino.
Em Salvador, o jornalista atuou nos jornais A Tarde e Jornal da Bahia e foi um dos fundadores do Jornal da Semana. Sebastião Nery era viúvo e deixa três filhos: Jacques, Sebastião e Ana Rita. A cerimônia de cremação será realizada das 8h às 10h desta terça-feira (24) no Cerimonial do Carmo, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.