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Ratatouille: Preso em operação participou de jantar em Paris com Cabral

Ao todo, a empresa recebeu R$ 700 milhões do Estado nos últimos 10 anos, sendo R$ 200 milhões somente durante a gestão do atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que sucedeu Cabral.

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Marco Antônio será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (1º), durante a operação Ratatouille, o empresário Marco Antônio de Luca, ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, aparece em fotos ao lado do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) em um jantar em um restaurante de Paris. Ele é investigado por suspeita de pagamento de ao menos R$ 12,5 milhões ao governo em troca de contratos com o Estado.

A Masan e a Milano tem vários contratos de fornecimento de comida com o governo do Rio, entre alimentação hospitalar, escolar e de presídios. Ao todo, a empresa recebeu R$ 700 milhões do Estado nos últimos 10 anos, sendo R$ 200 milhões somente durante a gestão do atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que sucedeu Cabral. Marco Antônio será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ele já havia sido conduzido coercitivamente durante a operação O Quinto do Ouro, que prendeu cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio – eles eram acusados de receber 1% de contratos firmados pelo governo como contrapartida a serem coniventes com as irregularidades nos certames realizados pela administração. O nome da operação desta quinta, que é um desdobramento da Lava Jato no Rio, faz menção ao prato homônimo, típico da culinária francesa, e faz menção ao jantar em Paris que reuniu diversas autoridades fluminenses e empresários que tinham negócios com o Estado.

Marco Antonio é citado no depoimento de Luiz Carlos Bezerra, que é apontado como operador financeiro do esquema liderado por Cabral. Ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, Bezerra afirma que o empresário é a pessoa identificada como Loucco no controle de caixa da organização. Há ao menos 30 registros entre agosto de 2014 e novembro de 2016 feitos por “Loucco”.

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