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Internações por problemas cardíacos aumentam em 30% durante período de frio

Os resultados mostraram ainda que o número médio de internações por insuficiência cardíaca no inverno foi maior em pacientes com mais de 40 anos.

As pessoas que estão em maior risco e que já são doentes, com pressão alta, diabetes, devem ter uma atenção especial nesse período.

Um estudo inédito concluiu que, nos meses marcados por temperaturas mais frias, as internações por insuficiência cardíaca e infarto em hospitais públicos da cidade de São Paulo chegam a ser 30% maiores do que no verão. Desenvolvida por médicos da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, a pesquisa considerou todas as internações por insuficiência cardíaca (76.474 casos) e infarto agudo do miocárdio (54.561 casos) registradas em 61 hospitais públicos da capital paulista entre janeiro de 2008 e abril de 2015.

Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram consideradas também as temperaturas mínima, máxima e média em cada período ao longo desses sete anos, registradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Provavelmente isso se dá por fenômenos múltiplos como o frio e a qualidade de ar como principais aspectos de risco. As pessoas que estão em maior risco e que já são doentes, com pressão alta, diabetes, devem ter uma atenção especial nesse período e maior controle como tomar corretamente o remédio e medir a pressão”, aconselhou o cardiologista Eduardo Pesaro, líder do estudo, em entrevista à Agência Brasil.

Os resultados mostraram ainda que o número médio de internações por insuficiência cardíaca no inverno foi maior em pacientes com mais de 40 anos. Já as hospitalizações por infarto foram registradas em maior número em pacientes com idade superior a 50 anos. De acordo com o cardiologista, as causas do aumento do risco cardiovascular no inverno não estão apenas ligadas à queda do ponteiro do termômetro, mas às condições ambientais e socioeconômicas de São Paulo. “Inverno não significa só frio, mesmo porque em São Paulo ele é ameno, com temperatura média de 18 graus e variação de apenas 5 graus. Ele também significa poluição aumentada, crescimento de epidemias provocadas pelo vírus da gripe, o Influenza, além do tempo seco”, explicou Pesaro.

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