
Especialistas alertam que a temporada de incêndios no Canadá, que costuma durar até setembro, pode ser uma das mais severas já registradas.
Pelo menos 17 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas nos últimos dias devido aos incêndios florestais que assolam diversas regiões do Canadá, principalmente no oeste do país. As províncias mais afetadas são Alberta e Colúmbia Britânica, onde autoridades locais decretaram estado de emergência em várias comunidades.
Os incêndios, impulsionados por altas temperaturas, baixa umidade e ventos intensos, avançam rapidamente sobre áreas florestais e zonas residenciais, dificultando o trabalho das equipes de combate ao fogo. Centenas de bombeiros, com apoio de helicópteros e aviões-tanque, estão mobilizados para conter as chamas, mas a situação continua crítica em muitos pontos.
Segundo o governo canadense, milhares de hectares de vegetação já foram consumidos pelo fogo, resultando em prejuízos ambientais severos e riscos diretos à saúde da população. A fumaça densa tem comprometido a qualidade do ar em diversas cidades, levando ao fechamento de escolas, suspensão de voos e alertas sanitários para grupos vulneráveis.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou em pronunciamento que “o governo federal está trabalhando em conjunto com autoridades locais para garantir o apoio necessário às comunidades afetadas”. Ele também ressaltou a importância de ações preventivas diante das mudanças climáticas, que têm aumentado a frequência e a intensidade dos incêndios florestais nos últimos anos.
A previsão do tempo para os próximos dias não traz alívio: as temperaturas devem continuar elevadas e não há expectativa de chuvas significativas nas regiões atingidas. Especialistas alertam que a temporada de incêndios no Canadá, que costuma durar até setembro, pode ser uma das mais severas já registradas.
Enquanto isso, abrigos temporários foram montados em ginásios e centros comunitários para receber os deslocados, e campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e produtos de higiene estão sendo organizadas por ONGs e voluntários.
A comunidade internacional também começa a se mobilizar, com oferta de ajuda vinda de países como Estados Unidos e Austrália, que possuem experiência em situações similares.
A situação segue em monitoramento constante, e novas evacuações podem ser ordenadas a qualquer momento, caso o avanço das chamas não seja contido. (GNTC)