Com a chegada da vacina contra a Covid-19 no Brasil, cresceu a quantidade de conteúdo falso sobre o tema em circulação nas redes sociais. As desinformações incluem falsos casos de mortes e teorias sem evidência científica. Um estudo da União Pró-Vacina (UPVacina), articulado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, o crescimento foi de 131,5% no volume de informações falsas publicadas no Facebook por grupos antivacina no início da imunização contra a Covid-19 no país. Outras universidades também participaram do levantamento.
O estudo identificou que somente em janeiro dois grupos disseminaram no Facebook 257 posts com dados falsos. No mês anterior o número havia sido de 111. Em relação ao mês de julho do ano passado, o número é mais do que o triplo, na época os imunizantes ainda estavam em testes e o volume de publicações chegou a 87.
Os pesquisadores levantam dúvidas sobre a eficácia do Facebook em combater essas fontes. “A principal razão é o início da vacinação, com uma demanda maior por informações e, com a ansiedade do público, esses grupos aproveitam essa demanda para disseminar desinformação”, explicou João Henrique Rafael Junior, fundador da UPVacina.
O Facebook, por sua vez, informou que o estudo da UPVacina é baseado em uma pequena amostragem e não reflete o trabalho da empresa para fornecer informações confiáveis sobre o novo coronavírus. “Já conectamos mais de 2 bilhões de pessoas, incluindo no Brasil, a informações oficiais de organizações líderes de saúde, como a OMS, através da Central de Informações sobre o Coronavírus no Facebook e mensagens no feed”, comunicou.