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Busca por aluguel de imóvel em Salvador cresce 24%

Agora se a sua intenção for realmente aproveitar toda essa nebulosidade econômica para investir na compra de um imóvel, saiba que as chances de estar fazendo um bom negócio são grandes. Pelo menos para os analistas ouvidos pela reportagem de

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Ainda de acordo com o dirigente, os preços (dos aluguéis), por outro lado, já estão no chão. “Eles (os preços) não estão acima da média do mercado

Se, para a maioria, a crise jogou para frente o sonho da casa própria, mais pessoas passaram a procurar um lugar para alugar e chamar de seu. De maio a setembro, a demanda por aluguel em Salvador cresceu 24%, aponta levantamento realizado pelo portal especializado Viva Real. Em todo o país, nesse mesmo período, ainda segundo a pesquisa, a procura por imóveis para locação aumentou em 32%.

Mas quem anda por aí com certeza já deve ter percebido: para toda janela que se olha, lá está um anúncio de aluguel. A pergunta que fica, portanto, é: será que, diante de tanta oferta, existe margem para que o locatário possa barganhar na hora de fechar negócio?

Para o presidente do Sindicato da Habitação da Bahia (Secovi), Kelsor Fernandes, a resposta é sim. “Sempre existiu (essa possibilidade)”, diz.

Ainda de acordo com o dirigente, os preços (dos aluguéis), por outro lado, já estão no chão.  “Eles (os preços) não estão acima da média do mercado. Já sofreram adaptação, baixaram de valor como forma de atrair o consumidor, que precisa agora pesquisar a melhor opção, de acordo com a sua necessidade”, conta.

Ainda segundo ele, outras dicas são: primeiro, sempre conferir o valor do aluguel de um outro imóvel no mesmo prédio ou região, desde que semelhante – para efeito de comparação; segundo, nunca deixar de vistoriar por completo o local – a fim de obter um desconto para, por exemplo, efetuar possíveis reparos.

Preços mais baixos

De acordo com o sócio da Novoendereço Imóveis, Manoel Teixeira, “essa é a hora de alugar para quem precisa morar e não pode comprar (um imóvel)”. Isso porque, segundo ele, os preços estão mais baixos, tem oferta e procura.

Ainda de acordo com Teixeira, se bem “trabalhado”, um imóvel para alugar não pode ficar na “prateleira” por mais de 60 dias. Caso contrário, o imóvel está mal avaliado – pelo profissional – ou o proprietário é intransigente e não está a fim de fazer negócio.

“Quem não aluga nesse tempo é porque não quer alugar. Fora isso, está perdendo  dinheiro. É preciso estar atento ao mercado. Se não quer baixar mais o valor, tem de cuidar. Fotografar, anunciar, conspirar a favor. Cuidar da imagem (do imóvel)”, afirma Teixeira.

Quando se mudou para a Graça, em maio último, a crise não estava tão acirrada e a empresária Alana Souza, 45, ainda sim tentou pechinchar o valor de R$ 2.600 do aluguel de um apartamento de três quartos, suíte, dependência completa. Mas nada.

Segundo ela, a negociação foi feita diretamente com a proprietária do imóvel, que não se deixou levar pela história de que existiam outras ofertas muito parecidas com a dela bem perto dali. Alana, no entanto, conta que pesquisou o valor do aluguel de outro apartamento no mesmo prédio para o qual se mudou e que o preço era o mesmo.

“Foi questão, portanto, de escolher o (apartamento) em melhor estado de conservação, mais ventilado”, diz ela.

“Desde que a crise estourou, a procura por aluguel só faz crescer. Diante de tanta oferta, é preciso que os corretores enxerguem as oportunidades e, mais do que nunca, trabalhem os imóveis, trabalhem os clientes e os proprietários também. O tempo é de fechar negócio. Imóvel parado não é bom para ninguém”, diz Noel Silva, sócio da NNova Imobiliária.

     Momento é oportuno

Agora se a sua intenção for realmente aproveitar toda essa nebulosidade econômica para investir na compra de um imóvel, saiba que as chances de estar fazendo um bom negócio são grandes. Pelo menos para os analistas ouvidos pela reportagem de A TARDE.

De acordo com o corretor especializado na comercialização de imóveis de alto padrão, Crisnilson Cavalcante, quem hoje tem recursos próprios ou pode financiar o bem dentro das novas regras tem uma oportunidade de ouro de conseguir bons resultados – pesquisando e negociando.

“É aquela velha história: crise para uns, oportunidades para outros. Quem comprar agora certamente fará bons negócios. É um momento muito oportuno para o comprador, pelo fato de existir, mesmo que temporariamente, uma grande oferta de imóveis, um estoque elevado”, diz ele.

“Devido à redução acentuada no porcentual financiado pelos bancos, além da elevação da taxa de juros do crédito, há um excesso de cautela dos compradores, e a consequência direta de tudo é a queda nas vendas. Tem muita gente querendo vender o quanto antes”, afirma Cavalcante.

Prazo para vender

E quanto tempo está levando para se desfazer de um imóvel-padrão? Para o sócio da Novoendereço Manoel Teixeira, caso passe de 120 dias, da mesma forma como acontece com o mercado de aluguel (60 dias), “algo está errado”.

“O prazo é esse. Sessenta dias para alugar, 120 para vender. Fora isso, o imóvel está mal assessorado. Os preços estão congelados faz tempos, há descontos, promoções e o poder (de barganha) está nas mãos do consumidor. Ele é que vai dizer como pode pagar”.

 

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