Daia Oliver/R7 |
Lá, a procura pela máscara de Tiririca, que custa R$ 7, é grande. Em uma das lojas – que possui fabricação própria de caricaturas para o Carnaval – o estoque é reposto toda semana e o estabelecimento chega a vender até duas mil máscaras em apenas quatro dias, como contou a gerente de vendas Lucylla dos Santos.
– Com esta grande procura, creio que venderemos até 100 mil peças neste Carnaval. Cada ano tem um político que se destaca, mas o Tiririca quebrou todos os recordes.
Já no Rio de Janeiro, a produção na fábrica de máscaras Condal – que já criou caricaturas de políticos como José Sarney, Jânio Quadros e Tancredo Neves na década de 80 – segue a todo vapor. De acordo com a dona do estabelecimento, Olga Valles, neste Carnaval a produção pode atingir até 40 mil peças. Do total de máscaras produzidas, 50% são do palhaço Tiririca.
– O Tiririca é irreverente, alegre. Quando você mistura palhaço com político, dá Carnaval com certeza.
As máscaras da presidente Dilma Rousseff aparecem em segundo lugar nas vendas, mas ainda bem distantes de Tiririca. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também continua no topo das vendas e durante os oito anos de governo foi a caricatura que mais agradou ao público, com cerca de 30 mil unidades vendidas nesse período.
Quando se fala nas máscaras encalhadas, lá estão as caricaturas dos ex-candidatos à Presidência José Serra e Marina Silva. Segundo Olga, enquanto saem de 300 a 100 peças de máscaras de Tiririca e Dilma respectivamente, de Serra e Marina, apenas 12. As máscaras da senadora Marta Suplicy (PT-SP) e da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra também não saem da prateleira.
– A máscara vende quando o rosto é carismático. Como por exemplo, o presidente Lula.