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PF faz operação contra grupo suspeito de traficar 43 mil armas para principais facções criminosas do Brasil

Segundo a PF, o grupo movimentava uma "complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo", que eram importadas da Europa para a América do Sul.

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Ainda de acordo com a PF, a empresa paraguaia importou o material bélico — milhares de pistolas, munições e fuzis — de vários fabricantes europeus.

Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira uma operação contra um grupo suspeito de traficar 43 mil armas para facções criminosos no Brasil e movimentar cerca de R$ 1,2 bilhão. Ao todo, são cumpridos 31 mandados de prisão (preventivas ou temporárias) e outros 54 mandados de busca e apreensão no Brasil, Paraguai e Estados Unidos. Segundo balanço da PF, a maioria das prisões, 14, foram realizadas no Paraguai, e outras 5 no Brasil. Dois mandados de prisão seriam cumpridos pela polícia brasileira nos Estados Unidos, mas não foram realizados pois “não houve tempo hábil para expedição”, de acordo com a PF.

Segundo a PF, o grupo movimentava uma “complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo”, que eram importadas da Europa para a América do Sul. Fabricadas na Europa, as armas chegavam primeiro no Paraguai, em uma empresa sediada em Assunção, onde tinham sua numeração de série raspada, para dificultar o rastreio. Após serem raspadas, as armas eram revendidas por intermediários na fronteira entre Brasil e Paraguai para as principais facções criminosas brasileiras — Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comanda da Capital (PCC). Segundo a PF, desde 2020, 659 armas entregues pelo grupo aos criminosos foram apreendidas em dez estados brasileiro.

Ainda de acordo com a PF, a empresa paraguaia importou o material bélico — milhares de pistolas, munições e fuzis — de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. As investigações começaram ainda em 2020, na Bahia, quando a PF prendeu duas pessoas em flagrante com 23 pistolas e dois fuzis com indícios de adulteração, além de munições e carregadores. As armas estavam com numeração raspada, mas peritos conseguiram identificar que elas haviam sido fabricadas na Croácia. A operação, conduziada pela Justiça da Bahia, contou com a cooperação internacional da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) com o Ministério Público do Paraguai. (O Globo)

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