Nesta quinta-feira (14), o juiz Gustavo Henrique Almeida Lyra, da Vara do Júri e Execuções Penais, absolveu Kelly Mendes Barreto por incidente de insanidade mental. Kelly foi acusada de envenenar e matar os dois filhos e o marido em junho de 2023, além de filmar o sofrimento do marido durante o envenenamento. O laudo pericial apontou a doença mental.
Na sentença, o magistrado afirmou: “O diagnóstico enunciado no resultado da perícia descreve compreensão da ilicitude dos fatos combinada com incapacidade biológica de autogoverno, resultado no qual o juízo precisa se alicerçar por tratar de avaliação declarada por especialista técnico”.
Segundo o laudo pericial, a perícia durou cerca de 60 minutos e constatou que Kelly estava bem cuidada, com humor estável, memória e atenção preservadas. O examinador observou que ela respondia de maneira fria. O caso chocou a cidade de Ilhéus, especialmente após a revelação de que Kelly filmou o sofrimento do marido. Kelly permanece presa no Conjunto Penal de Itabuna, mas deve ser solta ainda nesta quinta-feira.
O magistrado impôs a medida de segurança de acompanhamento ambulatorial no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município da comarca de Ilhéus, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade, no prazo mínimo de três anos, conforme dispõe o artigo 97 do Código Penal. O Ministério Público deve recorrer da decisão.