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Policial militar investigado por matar jovem com tiro na cabeça em Ilhéus é demitido da corporação

Armado, o PM empurrou e agrediu a jovem na frente de outras pessoas que estavam no estabelecimento.

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A decisão pela demissão só foi divulgada em 7 de novembro. Na decisão, o conselho afirmou que ele “violou os preceitos deontológicos” da corporação.

O policial militar investigado por matar uma jovem de 23 anos em um posto de combustíveis de Ilhéus, no sul da Bahia, foi demitido da corporação quase 10 meses após o crime. João Wagner Madureira está preso desde 18 de janeiro, mas ainda não havia sido desligado da corporação. O crime aconteceu na madrugada do dia 11 de janeiro e foi filmado pelas câmeras de segurança do posto de combustíveis. Nas imagens, é possível ver uma discussão entre o policial e a jovem Fernanda Santos Pereira.

Armado, o PM empurrou e agrediu a jovem na frente de outras pessoas que estavam no estabelecimento. Depois, atirou na cabeça da vítima. A jovem foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Costa do Cacau, mas não resistiu. Dias após o crime, o policial se apresentou na delegacia, onde foi ouvido e liberado. Na época, ele alegou que o tiro foi acidental. Em seguida, a Polícia Militar afastou João Wagner Madureira das atividades.

A decisão pela demissão só foi divulgada em 7 de novembro. Na decisão, o conselho afirmou que ele “violou os preceitos deontológicos” da corporação. Em janeiro os advogados do PM enviaram uma nota à imprensa onde disseram que ele não conhecia a vítima. Além disso, na nota foi afirmado que Fernanda estava “descontrolada” no momento do confronto.

A versão apurada durante as investigações foi bem diferente. O delegado Helder Carvalhal, titular do Núcleo de Homicídios, informou à TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia em Ilhéus, que João Wagner Madureira foi ao posto de combustíveis para recuperar a chave do apartamento de uma tia. Fernanda teria pegado a chave por achar que a mulher havia lhe roubado uma caixa de som.

“Nós verificamos que não há um disparo acidental. O que nós percebemos, de acordo com as imagens, depoimentos colhidos, testemunhas ouvidas… Houve o acionamento do gatilho da arma e, por essa razão, a Polícia Civil entende que houve a prática de um crime de homicídio”.

Novas imagens das câmeras de segurança mostram o momento que o PM chega ao local, à paisana, e procura pela vítima. Os dois discutem verbalmente e ele começa as agressões até que saca a arma, imobiliza a jovem e atira contra ela. (G1)

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