As mulheres correspondem a 51,5% das empresas inauguradas nos últimos três anos e meio, liderando na criação de empresas no Brasil. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Serviço brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), grande parte dessas mulheres (48%) afirma que criou o novo negócio por necessidade. As atividades das empresas que elas inauguraram atuam nos setores de serviços domésticos (13,5%), beleza (12,6%), vestuário e acessórios (12,3%) e bufês (10,3%).
Apesar de representarem a maioria à frente das empresas criadas recentemente, elas têm uma participação menor nos negócios já estabelecidos. De acordo com o site da revista Cláudia, enquanto as mulheres respondem por apenas 42,7% dos das empresas consolidadas no mercado, os homens são donos de 57,3% dessas empresas.
Segundo o relatório, as mulheres encontram mais fatores complicadores no desenvolvimento dos seus negócios: “As mulheres brasileiras conseguem criar novos negócios na mesma proporção que os homens; porém, enfrentam mais dificuldades para fazer seus empreendimentos prosperarem. Tal fenômeno pode estar associado a condições como preconceito de gênero, menor credibilidade pelo fato de o mundo dos negócios ser mais tradicionalmente associado a homens, maior dificuldade de financiamento e para conciliar demandas da família e do empreendimento“.
A disparidade entre os gêneros nas empresas hoje é de 14,6%, entretanto, essa porcentagem já foi maior. O mesmo estudo já apontou, no ano de 2009, que existia uma diferença de 25,4% entre homens e mulheres frente a empreendimentos. Contudo, desde 2010, o indicador tem se mostrado relativamente estável, chamando atenção para a necessidade de apoio às mulheres empresárias.