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Indústria baiana estima perda de 10 mil empregos após tarifaço de Trump

De acordo com Carlos Henrique Passos, presidente da Fieb, a taxação inviabiliza negócios e contribuirá para a perda de postos de trabalho no estado.

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Na prática, os produtos baianos ficarão mais caros nas prateleiras americanas.

Uma estimativa da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) aponta que cerca de 10 mil empregos do setor industrial baiano deverão ser afetados com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida foi determinada neste mês e passará a valer em 1º de agosto. De acordo com Carlos Henrique Passos, presidente da Fieb, a taxação inviabiliza negócios e contribuirá para a perda de postos de trabalho no estado.

Na Bahia, a indústria de celulose, pneus e cacau serão as mais afetadas pelas tarifas elevadas. Na prática, os produtos baianos ficarão mais caros nas prateleiras americanas, já que os importadores deverão arcar com a taxação para comprar o que é produzido no Brasil. Para Carlos Henrique Passos, a indústria nacional deverá buscar novos mercados para realocar a produção – o que levará tempo e dinheiro.

Uma projeção feita pela Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI) aponta que, com a imposição tarifária norte-americana, o estado deve amargar um prejuízo de aproximadamente 470 milhões de dólares só no primeiro ano da nova medida, o que daria R$ 2,6 bilhões convertidos. As exportações para os Estados Unidos correspondem a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

“Na Bahia, em torno de 10 mil empregos no setor industrial serão afetados se chegarmos ao ponto que as tarifas impedem qualquer tipo de negócio. Imaginar que alguém que compra um produto por R$ 100 passará a comprar por R$ 150, e manterá aquele mercado, é muito difícil”, afirma Carlos Henrique Passos. Os custos com a nova tarifa, explica o presidente, teriam que ser repassados ao mercado consumidor, o que, em muitos casos, seria inviável economicamente. (Correio 24h)

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