As concentrações de CO₂, CH₄ e N₂O também bateram recordes, com o CO₂ chegando a 423,9 ppm em 2024, o maior valor já observado.
Quem achou 2024 quente deve se preparar: 2025 pode ser o segundo ou terceiro ano mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O relatório, divulgado às vésperas da COP30 em Belém (PA), aponta níveis recordes de gases do efeito estufa, aquecimento oceânico e retração acelerada de geleiras e calotas polares, informa o G1.
A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, alertou que, com o aumento extremo das temperaturas e dos gases de efeito estufa, será quase impossível manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C sem ultrapassar temporariamente essa meta. Mesmo assim, ela reforçou que ainda é possível reduzir as temperaturas até o fim do século.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também citou o relatório na Cúpula dos Líderes em Belém. Ele afirmou que cada ano acima de 1,5 °C trará graves impactos econômicos, sociais e ambientais, e pediu ação urgente e em larga escala para reverter o aquecimento.
Entre janeiro e agosto de 2025, a temperatura média global ficou 1,42 °C acima dos níveis pré-industriais — ligeiramente abaixo do recorde de 2024 (1,55 °C). Mesmo assim, os últimos 11 anos serão os mais quentes desde o início dos registros. As concentrações de CO₂, CH₄ e N₂O também bateram recordes, com o CO₂ chegando a 423,9 ppm em 2024, o maior valor já observado. (Correio 24h)
