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Prevista para ser lançada nesta quarta-feira (28), a pesquisa "Potências (in)visíveis: a realidade da mulher negra no mercado de trabalho" ouviu 1 mil mulheres negras, com idades entre 18 e 65 anos, entre março e setembro deste ano.

Das entrevistadas, 54% não exerciam trabalho remunerado e, destas, 39% estavam em busca por emprego.

Menos da metade das mulheres negras brasileiras exerce trabalho remunerado e apenas 8% das que trabalham no mercado formal ocupam cargos de gerente, diretora ou sócia proprietária de empresas, aponta pesquisa realizada pela consultoria Indique Uma Preta e pela empresa Box1824. Segundo as responsáveis pelo levantamento, os dados mostram a importância de as empresas estarem atentas à diversidade, não apenas nos processos de seleção, mas também na evolução da carreira das profissionais negras dentro das corporações.

Prevista para ser lançada nesta quarta-feira (28), a pesquisa “Potências (in)visíveis: a realidade da mulher negra no mercado de trabalho” ouviu 1 mil mulheres negras, com idades entre 18 e 65 anos, entre março e setembro deste ano. Das entrevistadas, 54% não exerciam trabalho remunerado e, destas, 39% estavam em busca por emprego.

“Apesar de a população negra ser a maioria da população, ela é ao mesmo tempo a mais subutilizada e mais desocupada. É uma força de trabalho ativa que não consegue entrar no mercado de trabalho e acaba exercendo suas habilidades aquém do que poderia”, observa Malu Rodrigues, pesquisadora cultural e estrategista de conteúdo da Box1824.]

Na fatia de 46% que estava trabalhando, 20% estavam ocupadas como autônomas. Das empregadas no mercado de trabalho formal, apenas 2% ocupavam cargos de diretora, 3% de sócia proprietária e outros 3% de gerente. Presidentes e vice-presidentes eram tão poucas que, na pesquisa, o percentual arredondado é de 0%, embora haja casos isolados, principalmente no Nordeste, segundo Rodrigues.

A maioria das empregadas no setor formal eram assistentes ou auxiliares (23%), profissionais de administrativo ou operacional (18%), analistas (8%) e estagiárias ou trainees (5%). Cerca de 72% das entrevistadas relatou também não ter sido liderada por uma mulher negra nos últimos cinco anos de trabalho. “A baixa presença das mulheres negras em cargos de liderança reflete o quanto a diversidade e inclusão não é pensada dentro dessas estruturas”, avalia Verônica Dudiman, sócia e cofundadora da consultoria Indique Uma Preta.

“Não é só sobre contratar essas mulheres, elas precisam se manter e ser reconhecidas. Para além de abrir processos de trainee, é necessário olhar para as mulheres que já estão na empresa e avaliar quais políticas estão acordadas ali para que o desenvolvimento dessas profissionais aconteça.” (Bahia Notícias)

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