
Foi um bicampeonato especial, histórico pela invencibilidade – feito que não acontecia na Colina desde 1992
Um título inquestionável, invicto, de um time organizado e identificado com a cruz-de-malta e a torcida. O Vasco soltou o grito de “é campeão” e faturou o Campeonato Carioca de 2016, neste domingo, no Maracanã, ao empatar com o Botafogo: 1 a 1 (venceu o primeiro jogo da final por 1 a 0). Foi um bicampeonato especial, histórico pela invencibilidade – feito que não acontecia na Colina desde 1992, mas não é algo incomum para o Cruzmaltino, campeão invicto pela sexta vez, recorde carioca. Pela 24ª vez, o Rio tem o Vasco como dono.
O técnico Jorginho é um capítulo especial deste título, o primeiro dele à beira do gramado no Brasil. Ele assumiu o time em 2015 com o objetivo de salvá-lo do rebaixamento para a Série B. Não foi possível, mas a semente foi plantada. A conquista coroa o trabalho do treinador e do elenco.O Vasco não tem um herói, tem um time que valoriza o coletivo. A conquista do Carioca mostra isso.

Os torcedores lotaram o Maracanã para a final do Carioca, mesmo sendo Dia das Mães Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Riascos, Andrezinho, Jorge Henrique e Rafael Vaz, todos decisivos em algum momento, sempre com o toque de talento de Nenê – foi dele a assistência para o gol.O vice-campeonato não apaga a campanha do Botafogo, um time remontado e que mostra valor, com padrão de jogo e consistência. Falta acertar o terço final, como avalia Ricardo Gome
O jogo

Rafael Vaz fez o gol de empate e garantiu o título para o Vasco Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
A final começou eletrizante. O Vasco logo envolveu o Botafogo e chegou com Riascos. Porém, o chute do colombiano saiu sem força, para defesa tranquila de Jefferson. A resposta do Fogão foi imediata. Gegê obrigou a Martín Silva a se virar e espalmar chute.A estrela do Vasco brilhou na mesma moeda. Nenê, em cobrança de falta, colocou a bola na cabeça de Rafael Vaz.
Ele deixou tudo igual: 1 a 1, devolvendo a vantagem ao Gigante da Colina. O Botafogo partiu para o ataque. Luis Ricardo parou em Martín Silva. Depois, Gegê errou o alvo. O Gigante da Colina se segurou e conquistou o título. De forma incontestável. (O Dia)