Arena Fonte Nova. Uma casa repaginada que abrigou jogos históricos na Copa do Mundo, com seleções campeãs mundiais atuando nela. Porém, vá perguntar aos torcedores de Vitória e Bahia qual é, de fato, o jogo mais importante da praça esportiva. Neste sábado, 3, às 16h30, a Arena vai receber o seu 10º Ba-Vi desde a inauguração, em 2013. E o que não falta é história para contar nestes nove jogos realizados.
Ao todo, 96 atletas participaram desta nova fase do mais famoso clássico do Norte/Nordeste. Menção honrosa para Maxi, único que atuou pelos dois clubes. Foram quatro jogos pelo Leão e três no Esquadrão.
Apesar da marca do argentino, o goleiro Marcelo Lomba, ex-tricolor e atualmente na Ponte Preta, pode se gabar de ter sido o único a participar dos nove Ba-Vis realizados na nova Fonte.
Quem acompanhou os nove clássicos não pode se queixar de gols. Foram 28, uma média de 3,11 tentos por clássico. Em apenas um duelo, em 2013, o Ba-Vi ficou no 0 a 0. No quesito gol, o Leão leva a melhor. Logo no Ba-Vi de estreia, goleada de 5 a 1 diante do rival, seguido por um 2 a 1 e o histórico 7 a 3, na final daquele Baianão.
Porém, depois destes três triunfos seguidos, o Bahia equilibrou o saldo. O Vitória chegou a passar quatro Ba-Vis seguidos na Fonte sem fazer gol, três deles em 2014, ano em que o Bahia teve o domínio. Atualmente, o Rubro-Negro tem 15 gols na contagem, contra 13 do Tricolor.
No quadro de artilheiros, o Vitória também leva ligeira vantagem. Dos 23 atletas que comemoraram um gol, Dinei lidera, com quatro em um único Ba-Vi, o do 7 a 3. Fernandão vem em seguida, com três. Dos titulares da 10ª partida, quatro já tiveram o privilégio de marcar nos clássicos da Arena. No lado rubro-negro, Escudero fez o dele, além de Rhayner, que marcou quando defendia o Bahia. O mesmo acontece com Maxi, que fez dois, ambos pelo Rubro-Negro. Kieza completa a lista.
Na beirada do campo, os dois técnicos terão, pela primeira vez, o gostinho de experimentar um Ba-Vi na Fonte Nova. Sérgio Soares, do Bahia, e Vagner Mancini, do Vitória, só participaram de clássicos em outros estádios. O Leão teve no comando Caio Júnior e Ney Franco nos clássicos da Arena, enquanto o Bahia foi treinado por Jorginho, Joel Santana, Cristóvão Borges, Marquinhos Santos e Gilson Kleina. Os dois primeiros, aliás, foram demitidos após perderem Ba-Vis.
Supremacia em risco
No total dos nove jogos, a vantagem ainda é rubro-negra, entretanto pode cair exatamente neste jogo: foram quatro triunfos do Vitória contra três do Bahia. Um novo sucesso tricolor empataria o duelo e tornaria a Arena Fonte Nova o único palco ainda existente em que o Leão não é dominante no retrospecto.
Na sua casa, o Barradão, onde o Ba-Vi é disputado desde 1991, o Rubro-Negro tem 23 triunfos contra 10 do Tricolor em 44 jogos. Em Feira de Santana, que sediou clássicos logo após a interdição da antiga Fonte Nova, o retrospecto é de dois confrontos vencidos pelo Leão e um pelo Esquadrão.
Em Pituaçu houve três duelos pelo Baiano de 1995 (enquanto a Fonte Nova era reformada) e mais 12 desde 2009, quando foi reinaugurado. Lá, o histórico do Tricolor é bem ruim: apenas três triunfos do Esquadrão contra sete do Vitória e cinco empates.(A Tarde)