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Médico investigado por injúria recebe habeas corpus

O caso aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano. Na denúncia, a auditora, que é uma mulher negra, disse que o obstetra falou que ela era bonita por ter "sangue branco".

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De acordo com a advogada de defesa dele, Luís Leite apenas “avistou a moça” e “fez um elogio para o colega de trabalho dele.

O médico obstetra preso por suspeita de injúria contra uma auditora que prestava serviço para a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), em Itabuna, no sul do estado, recebeu um habeas corpus nesta segunda-feira (4), após ser preso novamente pelo crime. Luís Leite está no Conjunto Penal da cidade desde o dia 24 de outubro, quando teve uma sentença da Justiça da Bahia cumprida na casa onde morava. A previsão é de que ele seja solto nesta terça-feira (5). Conforme apurado pelo g1, a mesma decisão que deu liberdade a Luís Leite também definiu mais tempo para que o suspeito recorra em liberdade no caso. A sentença inicial será desconsiderada. O caso aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano. Na denúncia, a auditora, que é uma mulher negra, disse que o obstetra falou que ela era bonita por ter “sangue branco”.

O caso aconteceu durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde o médico estava de plantão. “A vítima diz que trata-se de uma frase racista, ela estava no hospital quando foi abordada por esse médico, elogiando a cor da pele e afirmando que se ela tem uma pele bonita é porque ela tem sangue de branco”, disse a delegada Lisdeili Nobre, que investiga o caso. Ainda segundo a delegada, a auditora citou na denúncia outra frase que o obstetra teria dito na mesma situação. “Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita é porque você tem sangue branco”, detalhou Lisdeili Nobre.
No dia 23 do mesmo mês, o suspeito foi solto pela primeira vez, após passar por audiência de custódia e pagar fiança de R$ 14.120, valor de 10 salários mínimos. Desde o início, a defesa do médico nega que houve o crime. De acordo com a advogada de defesa dele, Luís Leite apenas “avistou a moça” e “fez um elogio para o colega de trabalho dele”. “Ele comentou que a moça era bonita, tinha a pele bonita. Ele, em momento algum, dirigiu a palavra pra moça ou dirigiu esse elogio para a suposta vítima”, relatou.

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