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Jornalista denuncia racismo em Casas Bahia de F. de Santana

No momento da abordagem, Valmiro falava com o irmão e informou apenas que veria alguns aparelhos, mas que preferia ser atendido depois que saísse da ligação, que demorou cerca de 15 minutos.

O jornalista Valmiro Ferreira Júnior denunciou ter sido vítima de racismo após entrar em uma unidade das Casas Bahia, na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Ele relatou ter ido a loja para realizar uma pesquisa de preço de aparelhos celulares e televisores, quando foi abordado por funcionários da loja, que questionaram a sua presença. De acordo com o jornalista, ele estava falando ao celular com o irmão, quando um fiscal de loja, que fazia a segurança do estabelecimento, o interpelou de forma rude, questionando a sua presença no estabelecimento.

No momento da abordagem, Valmiro falava com o irmão e informou apenas que veria alguns aparelhos, mas que preferia ser atendido depois que saísse da ligação, que demorou cerca de 15 minutos. A vítima relata, ainda, que enquanto falava com o irmão, seguiu olhando os itens da loja, quando notou a chegada de uma equipe da Polícia Militar. “Fui humilhado, me senti muito mal, estou ainda doente com a vergonha que senti. Muitos clientes olhando para mim e pensando: poxa, será que esse cara é ladrão?”, contou o jornalista em entrevista à TV Bahia.

 Valmiro afirmou que foi abordado de forma educada pelos policiais, mas que se sentiu constrangido, já que os policiais estavam armados e perguntaram o que ele fazia na loja e exigindo os seus documentos. O caso ocorreu em março, mas Valmiro foi chamado para ser ouvido pela polícia na semana passada. Agora, ele aguarda o fim das investigações e o encaminhamento do inquérito à Justiça. Em nota, a Casas Bahia disse que “repudia veementemente todo e qualquer ato discriminatório em suas dependências” e acrescentou que possui claros em seu código de ética e conduta para evitar esse tipo de situação. A loja também diz que está apurando o ocorrido.

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